A exposição Mãe d´Água pretende realçar a importância da água no tempo, um recurso essencial para a manutenção da vida e elemento de ligação de todas as coisas, substância simples e única que permitiu o surgimento da vida na Terra.

Nestas imagens, podemos ver que fontanários e poços continuavam a abastecer grande parte da população, apesar de, no início do século XX, ter principado a distribuição da água canalizada. O transporte da água para as necessidades domésticas era um dos trabalhos braçais mais ingratos e os que podiam pagar, compravam a água aos aguadeiros, geralmente galegos.

Lavar a roupa no rio era uma prática quotidiana, exercida por mulheres que cantavam e conversavam, contribuindo para a coesão social do grupo.

O reconhecimento das propriedades minero-medicinais das águas portuguesas levou ao seu aproveitamento em diferentes balneários que, ao longo dos séculos, foram alvo de reformas e modernização.

Apesar da reconhecida importância da água, são muito tímidas as ações concretas para a sua proteção e conservação. Esta situação poderá ser mudada se aceitarmos que a responsabilidade é de todos, independentemente da área de conhecimento, do poderio económico e político e das dificuldades e diferenças sociais e culturais. A água doce existente no planeta Terra é única, limitada e incrivelmente vulnerável aos usos e abusos que fazemos dela.

Fundos representados na exposição

Fundo Fotografia Alvão, Lda;
Coleção Nacional de Fotografia/Sub-Coleção Alcídia e Luís Belchior;
Fundo Lúcio Pais de Abranches;
Fundo Manuel Pinheiro da Rocha.