Documento Mês – Fundos e Coleções
Até hoje, as fotografias que conhecíamos da participação portuguesa na I Guerra Mundial tinham uma fonte quase exclusiva: Arnaldo Garcez, o fotógrafo oficial do Corpo Expedicionário destacado para a Flandres.
Contudo, em 2005, a família de Artur Carlos Barros Basto – militar de carreira que partiu para a I Guerra como tenente e regressou como capitão – encontrou um raro espólio fotográfico da sua participação na Grande Guerra, imagens inéditas que foram doadas ao Centro Português de Fotografia, em 2013, e que nos dão um novo olhar sobre este conflito. Arrumadas em caixas da época, quase duas centenas de negativos de vidro, película e provas de papel mostram o quotidiano dos soldados do Corpo Expedicionário Português (CEP) na segunda e na primeira linha de combate, a camaradagem entre militares, a destruição causada pelos bombardeamentos e, genericamente, um encantamento pelas paisagens da Flandres, no meio do inferno de uma guerra mortífera e sanguinolenta.
Na Flandres, Barros Basto comandou um batalhão do CEP e, pela sua prestação, recebeu várias condecorações, entre as quais a Cruz da Guerra.
Until today, the photographs we knew of the Portuguese participation in World War I had an almost exclusive source: Arnaldo Garcez, the official photographer of the Expeditionary Corps deployed to Flanders.
However, in 2005, the family of Artur Carlos Barros Basto – a career military officer who went to World War I as a lieutenant and returned as a captain – discovered a rare photographic collection of his participation in the Great War. These unpublished images were donated to the Portuguese Photography Center in 2013, providing a new perspective on this conflict. Stored in period boxes, nearly two hundred glass negatives, film, and prints depict the daily life of the soldiers of the Portuguese Expeditionary Corps (CEP) on the second and first lines of the front, the camaraderie among military personnel, the destruction caused by bombings, and, generally, an enchantment with the landscapes of Flanders amid the hell of a deadly and bloody war.
In Flanders, Barros Basto commanded a battalion of the CEP and, for his performance, received several decorations, including the War Cross.