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Brassaï (1899-1984)
Sabia que Brassaï ganhou reconhecimento internacional pelas fotografias da vida noturna parisiense durante a década de 1930?
Brassaï (pseudónimo de Gyulá Halász) nasceu em 1899 em Braşov, Roménia. Depois de estudar pintura e escultura na Universidade de Belas Artes de Budapeste (1918-1919) completou a sua formação artística em Berlim (1920-1922) na Akademische Hochschule.
Em 1924, o fotógrafo mudou-se para Paris e trabalhou como pintor, escultor e jornalista. Embora na época não gostasse de fotografia, usava como instrumento de registo documental, para apoiar a sua atividade jornalística, e não como criação artística. Em 1925, conheceu o fotógrafo francês Eugène Atget (1857-1927) e um ano depois o fotógrafo húngaro André Kertész (1894-1985) que constituíram fonte de inspiração e de referência para o seu trabalho.
Durante os seus longos passeios pela noite de Paris, Brassaï começou a fotografar as ruas e praças desertas da cidade e os seus caminhos secretos e intrigantes. Retratou cenas da vida da alta sociedade parisiense e do lado oposto, registou o lado invisível do comportamento humano do submundo da cidade, os mendigos, as prostitutas e as pessoas fragilizadas. Desenvolveu uma visão fotográfica artística e poética, em particular, por meio de imagens envoltas em névoa e sem recurso a luz adicional, usando apenas as luzes da cidade, os lampiões a gás ou os faróis dos carros. O resultado deste trabalho fotográfico foi publicado em 1932 no famoso livro “Paris de Nuit” que o consagrou internacionalmente.
Brassaï recebeu vários prémios pelos trabalhos de culto na área da fotografia, a medalha de ouro na Bienal de Fotografia de Veneza (1957), o “Chevalier des Arts et des Lettres” (1974), o “Chevalier de l’Order de la Legion d’honneur” (1976) e o primeiro Grande Prémio Nacional de Fotografia, em Paris (1978).
Did you know that Brassaï gained international recognition for his photographs of Parisian nightlife during the 1930s?
Brassaï (pseudonym of Gyulá Halász) was born in 1899 in Braşov, Romania. After studying painting and sculpture at the University of Fine Arts in Budapest (1918-1919), he completed his artistic training in Berlin (1920-1922) at the Akademische Hochschule.
In 1924, the photographer moved to Paris and worked as a painter, sculptor, and journalist. Although he did not initially like photography, he used it as a documentary tool to support his journalistic activity, rather than as an artistic creation. In 1925, he met the French photographer Eugène Atget (1857-1927), and a year later, the Hungarian photographer André Kertész (1894-1985), who became sources of inspiration and reference for his work.
During his long walks through the night in Paris, Brassaï began photographing the empty streets and squares of the city and its secret and intriguing paths. He portrayed scenes from the lives of Parisian high society and, on the other hand, documented the invisible side of human behaviour in the city’s underworld, including beggars, prostitutes, and vulnerable people. He developed an artistic and poetic photographic vision, particularly through images enveloped in fog and without the use of additional light, relying only on the city’s lights, gas lamps, or car headlights. The result of this photographic work was published in 1932 in the famous book ‘Paris de Nuit,’ which brought him international acclaim.
Brassaï received several awards for his iconic works in the field of photography, including the gold medal at the Venice Biennale of Photography (1957), the ‘Chevalier des Arts et des Lettres’ (1974), the ‘Chevalier de l’Order de la Legion d’honneur’ (1976), and the first Grand National Prize of Photography in Paris (1978).