Documento Mês – Fundo Bibliográfico
“Préparation d’une plaque au collodion humide”
Tinha conhecimento que o vidro foi utilizado como suporte para a produção de negativos fotográficos?
A partir de 1845, o vidro foi o suporte ideal para os negativos fotográficos por ser transparente, estável, com superfície polida e permitir realizar várias reproduções de imagens. Associado ao suporte de vidro, utilizava-se essencialmente três tipos de emulsões fotográficas: a albumina, o colódio e a gelatina para fixar o material formador da imagem (sais de prata) ao suporte fotográfico (vidro).
Em 1848, surge o primeiro processo fotográfico com o suporte de vidro designado de negativo de albumina, uma proteína obtida através de claras de ovo sendo que, exigia longos tempos de exposição. Em 1851, surge o negativo de colódio húmido em vidro, uma substância plástica, transparente e de fácil aderência que permitia unir os sais de prata sensíveis à luz no suporte sendo que, as placas de vidro teriam de permanecer húmidas durante todo o processo de sensibilização, exposição, revelação e fixação da imagem fotográfica. Em 1871, surge o processo de obtenção de negativos em gelatina e brometo de prata que permitiu reduzir os tempos de exposição e armazenar a emulsão por longos períodos antes da aplicação. Rapidamente várias empresas iniciaram o fabrico de placas de gelatina seca em quantidades industriais e o fotógrafo deixou de ter necessidade de preparar os negativos de vidro de placa seca de gelatina.
Did you know that glass was used as a support for producing photographic negatives?
From 1845 onwards, glass was the ideal support for photographic negatives because it was transparent, stable, had a polished surface, and allowed for several image reproductions. Three types of photographic emulsions were essentially used in association with the glass support: albumin, collodion and gelatin to fix the image-forming material (silver salts) to the photographic support (glass).
The first photographic process with a glass support was created in 1848; it was known as albumin negative and used a protein obtained from egg whites, which required long exposure times. The wet collodion negative on glass was created in 1851; it was based on a plastic, transparent and easily adherent substance, which allowed binding the light-sensitive silver salts to the support; the glass plates had to remain wet during the entire process of sensitisation, exposure, developing and fixing of the photographic image. The process of obtaining gelatin and silver bromide negatives was created in 1871; it allowed reducing exposure times and storing the emulsion for long periods before application. Soon enough, several companies started manufacturing dry gelatin plates in industrial quantities and photographers no longer needed to prepare dry gelatin glass plate negatives.