Documento Mês – Fundos e Coleções
Esta fotografia integrou a exposição Janela Indiscreta, um conjunto de imagens que o fotógrafo fez no Japão com um deliberado olhar de ocidental. Não são as singularidades de uma outra civilização que são procuradas, mas os momentos e os gestos de cidades e pessoas que são suscetíveis de nos dizerem qualquer coisa sobre elas mesmas. Fascinado pela grandeza da civilização que encontrou, António Júlio Duarte revela, através das suas imagens, um certo espírito de nomadismo, realizado a partir de deambulações diárias pelos espaços urbanos do quotidiano.
O sentido de itinerância, de mapeamento que percorre a obra de António Júlio Duarte é uma viagem de descoberta para o fotógrafo e para o espetador, onde o lugar se revela como espaço da intimidade e as imagens são marcas dessa atenção precisa sobre a dimensão humana dos objetos e dos lugares.
This photograph was part of an exhibition called Janela Indiscreta – a set of images that the photographer took in Japan with a deliberate western look. It is not the uniqueness of another civilization that are sought, but the moments and gestures of cities and people that are likely to tell us something about themselves. Fascinated by the grandeur of the civilization he found, António Júlio Duarte reveals, through his images, a certain spirit of nomadism, achieved through daily wanderings through everyday urban spaces.
The sense of itinerancy, of mapping that runs through the work of António Júlio Duarte is a journey of discovery for the photographer and for the spectator, where the place reveals itself as a space of intimacy and the images are marks of this precise attention on the human dimension of objects and places.