Documento Mês_Fundo Bibliográfico_maio/2021
Tinha conhecimento que Margaret Monck fotografou Portugal na década de 1930?
Margaret Monck (1911- 1994), nasceu em Londres e era filha de um Vice-rei (1916-1921) da Índia colonial britânica, Frederick John Napier Thesiger (1868-1933). A fotógrafa britânica cresceu na Índia até aos 10 anos e a sua educação formal passou por aulas de piano e de francês e pelas funções sociais associadas à vida da classe alta na Índia colonial. Em 1921, regressou a Londres e continuou a ter a educação e convívios comuns às raparigas da sua classe social, sendo que Margaret Monck não simpatizava com os costumes sociais da sociedade de classe alta.
Em 1926 começou a trabalhar numa galeria de arte londrina na “Lefevre Gallery”. Em 1934, quando adquiriu uma máquina fotográfica Leica e encorajada pelo seu marido, o cineasta John Goldman Monck (1908-1999), Margaret Monck começou a entusiasmar-se pela fotografia. Fascinada pela vida quotidiana das ruas de Londres, a fotógrafa iniciou a carreira na vertente da fotografia documental e de fotografia de rua onde produziu diferentes séries fotográficas dedicadas a cenas de trabalho em que sobressaiam as desigualdades sociais e os constrangimentos da vida quotidiana das classes trabalhadoras e das comunidades de emigrantes de East End (Londres) durante a década de 1930. Trabalhou para a revista “The Architectural Review” e em 1939 abandonou a fotografia documental.
A fotógrafa Margaret Monck fotografou em Portugal na década de 1930. Uma das fotografias está ilustrada no lado esquerdo da publicação exposta e encontra-se representada na Coleção Nacional de Fotografia (PT/CPF/CNF/000635) do Centro Português de Fotografia.
Did you know that Margaret Monck photographed Portugal in the 1930s?
Margaret Monck (1911-1994), born in London, was the daughter of the Viceroy of British India from 1916 to 1921 Frederick John Napier Thesiger (1868-1933). A British photographer, she grew up in India until the age of 10, and her formal education consisted of piano playing and French lessons, as well as the social functions associated with upper-class life in colonial India. In 1921 she returned to London where she continued her education and the social life usual for a girl of her class, although Margaret Monck never agreed with the social mores of the upper classes.
In 1926, she began working at the Lefevre Gallery, an art gallery in London. In 1934, Margaret Monck acquired a Leica camera and, encouraged by her husband, the filmmaker John Goldman Monck (1908-1999), became enthusiastic about photography. Fascinated by daily life on London’s streets, the photographer began her career in documentary and street photography, producing several series of photographs devoted to scenes of work, revealing the social inequalities and constraints of everyday life among the working class and immigrant communities of London’s East End in the 1930s. She worked for The Architectural Review magazine and eventually gave up documentary photography in 1939. Margaret
Monck photographed Portugal in the 1930s. One of those pictures is displayed on the left side of this publication and is represented at the National Collection of Photography (PT/CPF/CNF/000635) of the Portuguese Centre of Photography.