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Documento Mês – Equipamento Fotográfico

Praxinoscope Théâtre, ca. 1877
Charles-Émile Reynaud, Paris, França
Coleção de Câmaras e Equipamento Fotográfico, PT/CPF/CCEF/00261

O poema Camões de João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (1799-1854) é uma obra emblemática do Romantismo português e reflete o espírito patriótico e nostálgico que caracteriza o movimento. Publicado pela primeira vez em 1825, o poema homenageia a figura de Luís de Camões, o grande épico da literatura portuguesa, elevando-o a símbolo da luta e resistência nacional em tempos de adversidade, sendo simultaneamente um reflexo do próprio Almeida Garrett, da sua angústia e do amor e saudade da nação que deixara para trás no seu exílio.
Passados 52 anos, foi também com um espírito criativo e sonhador que o francês Charles-Émile Reynaud (1844-1918), patenteou o Praxinoscope Théâtre, uma nova forma de arte visual que proporcionava ao espectador uma sensação de realismo, abrindo portas para um mundo dinâmico de imagens em movimento.
Tão distantes temporalmente, Garrett e Reynaud conseguem ainda assim partilhar uma ligação simbólica e histórica. Enquanto Garrett olhava para o passado, exaltando o herói épico que personificava a alma de Portugal, Reynaud projetava o futuro, encantando o público através da essência do movimento. Essa interseção entre poesia e a tecnologia, entre passado e futuro, marca o que ambos os criadores trouxeram de mais revolucionário: a capacidade de tocar o espectador, transportando-o para um universo de emoções, imagens e histórias que transcendem o tempo.


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