Documento Mês – Equipamento Fotográfico
Ernst Plank, Nuremberga, Alemanha
Coleção de Câmaras e Equipamento Fotográfico, PT/CPF/CCEF/00012
No final do século XIX, Paris exibia uma aura de esplendor e efervescência cultural que a tornava o epicentro das artes, da moda e da intelectualidade na Europa. A “Cidade Luz” brilhava, não apenas pelas suas belas avenidas e monumentos imponentes que refletiam o espírito progressista da época, mas também pela sua vibrante vida social e intelectual. Entre as muitas novidades que ocorriam neste palco de intenso movimento artístico e cultural, uma em particular estava prestes a revolucionar a forma como as pessoas viam o mundo: o cinema. 28 de dezembro de 1895, marcou o nascimento do cinema comercial, uma arte que rapidamente conquistaria o mundo. E, celebrando a bela arte da imagem em movimento, apresentamos neste mês de dezembro, um dispositivo de projeção de imagens: uma Lanterna Mágica.
O seu funcionamento era surpreendentemente simples e simultaneamente engenhoso: uma fonte de luz, neste caso uma vela, posicionada dentro de uma câmara escura, que direcionava a luz através de uma série de lentes e espelhos, até uma abertura na parte frontal do dispositivo. Mas o verdadeiro encanto da Lanterna Mágica residia nas placas de vidro que eram usadas. Umas pequenas imagens pintadas, ou fotografias transparentes, projetadas de forma nítida e luminosa numa parede ou numa tela branca, no momento em que a luz as trespassava. Transportavam o público para outros lugares e tempos e tinham o poder de encantar e inspirar plateias, abrindo portas para um mundo de imaginação e descoberta. A Lanterna Mágica cativou gerações e deixou um legado duradouro na história do entretenimento visual, tendo sido um importante precursor do projetor de diapositivos e do cinema moderno.
In the late 19th century, Paris exuded an aura of splendor and cultural effervescence that made it the epicenter of arts, fashion, and intellectuality in Europe. The ‘City of Light’ shone not only for its beautiful avenues and imposing monuments that reflected the progressive spirit of the time but also for its vibrant social and intellectual life. Among the many novelties taking place on this stage of intense artistic and cultural movement, one in particular was about to revolutionize how people saw the world: cinema. 28 December, 1895 marked the birth of commercial cinema, an art form that would quickly conquer the world. And, celebrating the beautiful art of moving images, this December we present a device for projecting images: a Magic Lantern.
Its operation was surprisingly simple yet ingeniously effective: a light source, in this case a candle, positioned inside a dark chamber, directed light through a series of lenses and mirrors to an opening at the front of the device. But the true charm of the Magic Lantern lay in the glass plates that were used. These were small painted images or transparent photographs, projected sharply and brightly onto a wall or a white screen as light passed through them. They transported audiences to other places and times, with the power to enchant and inspire, opening doors to a world of imagination and discov-ery. The Magic Lantern captivated generations and left a lasting legacy in the history of visual entertainment, serving as an important precursor to slide projectors and modern cinema.
Magic Lantern, ca. 1895
Ernst Plank, Nuremberg, Germany
Camera and Photographic Equipment Collection, PT/CPF/CCEF/00012
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