Tinha conhecimento que o fotógrafo Flávio Damm (1928-2020) tornou-se num dos mais importantes fotojornalistas brasileiros?

Em 1946, Flávio Damm começou a trabalhar para a “Revista do Globo” onde ganhou notoriedade em 1947 ao fotografar o ex-presidente brasileiro Getúlio Vargas (1882-1954) no exílio voluntário após a queda do Estado Novo. O reconhecimento pela sua reportagem fotográfica fez com que entre 1949 e 1959 integrasse a equipa da maior publicação do Brasil na época – a revista “O Cruzeiro”, realizando, ao longo desse período, várias reportagens históricas. Destacou-se como o único fotojornalista brasileiro presente em coberturas internacionais marcantes, como por exemplo, a cerimónia de coroação da Rainha Elizabeth II, na Inglaterra, em 1953 e no lançamento do primeiro foguete na base de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, em 1957.

Em 1961, juntamente com o fotógrafo brasileiro José Medeiros (1921-1990) fundou a primeira agência fotográfica brasileira – “Agência Jornalística Image Ltda.”.

Flávio Damm era considerado um dos discípulos do mestre do fotojornalismo francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004). Sempre fiel à fotografia analógica a preto e branco e adverso à manipulação da imagem fotográfica, os seus registos fotográficos foram sempre obtidos sem recurso a flash e através da sua Leica (35 mm) que pelo porte pequeno possibilitava registar com rapidez e discrição.

O fotógrafo Flávio Damm está representado na Coleção Nacional de Fotografia do Centro Português de Fotografia.

Ao longo de sua carreira, o fotógrafo Michel Vanden Eeckhoudt demonstrou um grande interesse pela fotografia animal, em particular com os cães e a sua relação com o dono. Os registos fotográficos transmitiam emoção, ternura e humildade e tinha como intenção descrever a sua visão do mundo e a relação que pode existir entre o homem e o animal.